"Freud observou certa vez que o amor é uma redescoberta. É através do amor que tentamos recuperar a inocência perdida da felicidade que outrora sentimos, quando éramos bebés e vivíamos em paz com o mundo. O amor, bem vistas as coisas, tudo tinha a ver com a vontade indefinível, etérea e imperceptível, de retornar à infância e ao afecto materno e alimentava-se da vã esperança de reencontrar essa felicidade desaparecida nos primórdios da existência."
[in O Codex 632 de José Rodrigues dos Santos]
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7 comentários:
Quero descobrir mais disso... :)
será?...
Por mim posso dizer que procuro sempre essa felicidade simples da infância, mas usarei apenas o amor para a reencontrar?
stella maris: :)
analog girl: eu penso que não. Acho que tentamos encontrar em tudo o que nos rodeia. O amor talvez seja a busca mais intensa dessa felicidade.
É curioso como passamos a vida em busca daquilo que tivémos no início...
Eu também acredito que sim, às vezes em cheiros e sabores relembro momentos tão cheios da minha existência...
:)
analog girl: acontece-me precisamente o mesmo. Um dia destes quando fui beber café com o N senti um cheiro tão forte que me transportou directamente para a casa da minha tia e vieram-me à memória todos os momentos felizes..
:)
Não sei porquê não acredito muito nisso... não sei se tenho algum problema com o Freud... mas achar que o amor é a vontade de retornar à infância e ao afecto materno é aceitar que daqui para a frente seremos cada vez mais infelizes... a cada dia que passa e que nos afastamos mais e mais da infância menor será a probabilidade de encontrar-mos a felicidade tal o distanciamento contínuo que, involuntariamente, cresce entre esse momento e o dia de hoje. Acredito que a felicidade pode ser outra coisa. Na verdade muito se diz acerca de Freud e eu penso que nem sempre ele é interpretado da melhor maneira... Ele mesmo disse: "A felicidade é um problema individual. Aqui nenhum conselho é válido. Cada um deve procurar, por si, ser feliz".
teorias: eu acredito que o amor é um modo de encontrar a felicidade que sempre nos rodeou na infância, nem que tenha sido na nossa imaginação. Mas nunca poderá ser só, mas que faz parte isso penso que sim.
Bem-vindo*
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